Cenário favorável para uma tecnologia que já faz parte da estratégia de negócios
O mercado da construção civil está longe de seus melhores momentos, vividos há poucos anos, mas já dá sinais de reverter a crise instalada no setor, principalmente a partir de 2014. Se ainda não está bom, pelo menos esboça uma recuperação gradual. Esta é uma das conclusões das empresas membros do Núcleo Parede de Concreto, que se reuniram na última quarta-feira (25/04/2018), em São Paulo (SP), para avaliar a situação do mercado e as perspectivas para o sistema parede de concreto.
Ary Fonseca Júnior, diretor da Signo Engenharia e coordenador do Núcleo, avalia que o cenário é favorável, à medida que os estoques de imóveis baixaram e as construtoras estão voltando a produzir edificações. Porém, na sua opinião, a retomada econômica é apenas um aspecto positivo do momento. Segundo ele, “existe uma questão mais expressiva. Hoje, as empresas já percebem que o sistema parede de concreto é importante para o seu próprio negócio. Há pouco tempo, uma construtora afirmou explicitamente que a tecnologia refletiu positivamente no seu resultado. O mercado está mais ousado”, afirma.
Luís Claudio Mariano Monteiro, diretor comercial da SH Formas, destaca que o momento exige cautela, pois o próprio segmento de fôrmas e escoramentos passa por reposicionamento das empresas concorrentes. Em relação ao mercado da construção, em geral, ele lembra que a produção habitacional para baixa renda foi a que menos sofreu com a crise, beneficiando as empresas que atuam com parede de concreto, já que a tecnologia otimiza a produção em grande escala. “O mercado do MCMV não está mal. Por isso, passamos um pouco melhor que o resto do setor. Mas o cenário político ainda é complicado. E apesar de a reforma trabalhista ter reduzido, no primeiro trimestre, os processos em 40%, apesar da inflação e dos juros baixos, a economia real não acontece”, avalia.
Vetor de crescimento
O mercado de empreendimentos populares demonstra regularidade principalmente fora das capitais do Sudeste e grandes centros urbanos. Longe dos custos elevados dos terrenos, regiões como o interior de São Paulo, Triângulo Mineiro, o Sul e o Nordeste do país, de modo geral, têm tido uma produção imobiliária mais regular, principalmente em relação ao emprego do sistema parede de concreto. De forma consensual, é o que afirmaram Marcus Palanca e Maurício Bocuzzi (Forsa), Claudio Acemel e Gisele Potada (Coplas), Gustavo Sandoval (SF), Rafael Clayton (SH Formas) e Cleverson Aislan Callera (Astra). Segundo eles, o primeiro trimestre de 2018 foi bom para os negócios nessas regiões, com a atualização de orçamentos e novas consultas, surgimento de mais obras e novas empresas entrando no mercado.
“O sistema parede de concreto já demonstrou sua contribuição para o negócio das construtoras.” (Ary Fonseca Júnior)
“A oportunidade está aí”, desafia Ary Fonseca Junior. Dentro de um cenário de produção habitacional que privilegia os sistemas industrializados, “e o sistema parede de concreto já demonstrou sua contribuição para o negócio das construtoras”, Ary lembra que as ações do Núcleo, agora, serão: primeiro, mostrar como a tecnologia favorece de fato os resultados; segundo, divulgar as boas práticas acumuladas no uso do sistema parede de concreto. “Sabemos que as empresas podem potencializar e capitalizar os benefícios dessa tecnologia”, diz.
NOTA: O Núcleo Parede de Concreto tem o objetivo de difundir o sistema parede de concreto e apoiar as empresas em sua utilização.
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